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Sobre meu memorial acadêmico

A necessidade de escrever meu memorial acadêmico, como requisito parcial para promoção para a Classe de Professor Titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2020, levou-me a rever minha história acadêmica desde minha infância. Como num filme, as etapas da minha vida retornaram à minha mente e comecei a revê-las passo a passo. Nesse momento, a sensação é a de que todas essas experiências acabaram de acontecer, e a riqueza desses fatos me surgiu detalhadamente como um descortinado de vivências. Faço minhas as palavras finais do artigo “A vida, a obra, o que falta, o que sobra: memorial acadêmico, direitos e obrigações da escrita”, de Wilton Carlos Lima da Silva (2015):

Quem se lança à aventura de contar-se na forma de uma narrativa não esquemática é porque se dispõe a colocar em meio ao esforço reflexivo boa dose de impressionismo, a correr o risco da nostalgia ou da indignação, a assumir litígios ou vindicações, e outros contrastes de luz e sombra, afirmação e negação, lembrança e esquecimento que tornam a vida mais do que um currículo. Interpretar o esforço de dar conta de si (auto), da vida (bio) e da escrita (grafia) é compartilhar de seus riscos” (SILVA, 2015, p. 31).

Assim, o memorial acadêmico apresenta a identidade profissional de um docente a partir de sua trajetória acadêmica, com análise reflexiva dos resultados das diferentes fases de sua carreira, desde a sua formação inicial até suas experiências acadêmicas.


Referência

SILVA, W. C. L. A vida, a obra, o que falta, o que sobra: memorial acadêmico, direitos e obrigações da escrita. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 7, n.15, p. 103 – 136. maio/ago. 2015.

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